YIN YANG
Ela andava pela rua, calma e
sorridente. Mesmo após perder seus pais, ela não deixava de sorrir. Porém, seu
sorriso não chegava aos olhos. Seus olhos, de um azul tão brilhante, um azul
tão claro, que nem chegava a parecer branco, como um diamante.
Ela sorria sempre, mas quando
chegava em casa se punha a chorar, manchando o seu azul de vermelho.
Na manhã seguinte, sorria como se
nada tivesse acontecido e ninguém percebia. A não ser aqueles olhos negros.
Eles viam tudo. Eles sabiam de tudo.
Havia somente uma pessoa que não
recebia seus sorrisos falsos. A garota de olhos negros, como ônix, como a noite
sem lua ou estrelas.
E, por mais que seus sorrisos não a
alcançassem, os olhos negros sentiam seu olhar. Olhares verdadeiros, melhores
que qualquer sorriso falso.
O azul, quase branco, completa o
negro como a noite.
Assim como o Yin Yang.
Marina Pereira Moura
8º Ano C
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