segunda-feira, 18 de janeiro de 2016





YIN YANG


           Ela andava pela rua, calma e sorridente. Mesmo após perder seus pais, ela não deixava de sorrir. Porém, seu sorriso não chegava aos olhos. Seus olhos, de um azul tão brilhante, um azul tão claro, que nem chegava a parecer branco, como um diamante.
            Ela sorria sempre, mas quando chegava em casa se punha a chorar, manchando o seu azul de vermelho.
            Na manhã seguinte, sorria como se nada tivesse acontecido e ninguém percebia. A não ser aqueles olhos negros.
            Eles viam tudo. Eles sabiam de tudo.
            Havia somente uma pessoa que não recebia seus sorrisos falsos. A garota de olhos negros, como ônix, como a noite sem lua ou estrelas.
            E, por mais que seus sorrisos não a alcançassem, os olhos negros sentiam seu olhar. Olhares verdadeiros, melhores que qualquer sorriso falso.
            O azul, quase branco, completa o negro como a noite.
            Assim como o Yin Yang.

                                                               Marina Pereira Moura
8º Ano C



Nenhum comentário:

Postar um comentário